Poeta. O sítio Cantigas medievais galego-portuguesas traz: "Trovador português, ativo por meados do século XIII. Embora os cancioneiros não indiquem o seu apelido, D. Carolina Michaëlis identificou-o como Vasco Gil de Soverosa, identificação que tem sido aceite pela generalidade dos especialistas. Pertencendo a uma linhagem que ocupou cargos importantes nas cortes portuguesas no século XII e primeira metade do século XIII, D. Vasco Gil era meio irmão de D. Martim Gil de Soverosa, o poderoso valido de D. Sancho II, a quem Fernão Garcia Esgaravunha, nos finais da guerra civil (1248), acusa de ser o principal responsável pela crise, no que ficou conhecido como o repto de Trancoso. Fiel partidário do rei deposto, como seu irmão, Vasco Gil, atestado na corte portuguesa desde 1238, chegou mesmo a ser capturado pelas tropas do conde de Bolonha em Leiria, em 1246, durante os confrontos armados que antecederam essa deposição. Libertado pouco depois, exila-se em Castela, onde participa na conquista de Sevilha, sendo beneficiado no seu Repartimento (1253). De resto, a tenção que mantém com Afonso X deve datar desses anos. Regressado a Portugal em data incerta (talvez por volta de 1255, como o seu irmão Martim, mas, em todo o caso, antes de 1258, já que as inquirições do mesmo ano o referem), parece ter vivido afastado da corte, desconhecendo-se a data da sua morte.
O Nobiliário do conde D. Pedro informa-nos ainda (25H3) que D. Vasco foi d'epistola na sua juventude (ou seja, terá tomado ordens menores com vista a uma carreira eclesiástica), tendo posteriormente casado com Froile Fernandes de Riba de Vizela, casamento de que resultaram cinco filhos."
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